quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Enquanto isso, no Senado...

Um homem passa pela porta do plenário do Senado e escuta uma gritaria que saía de dentro:

"Filho da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Mentiroso, Pedófilo, Vagabundo, Sem Vergonha, Preguiçoso de Merda, Vendido, Assaltante..."

Assustado o homem pergunta ao segurança parado na porta:

"O que esta acontecendo ai dentro? Estão brigando ?"

"Não", responde o segurança, " estão fazendo a chamada".

sábado, 1 de agosto de 2009

De Olho Na Pizza com os dias contados também?

DO BLOG DO TAS...


Sarney tenta censurar a internet



Era o capítulo que faltava na patética decadência do coroné Sarney: o jornal "O Estado de São Paulo" está sob censura. Não pode mais manter em seu website o áudio das negociatas da família Sarney amplamente divulgadas em todos os principais veículos de comunciação do país.

É o velho truque do coroné: calar os que denunciam a fraude política que ele representa. Aliás, foi assim desde sempre: no Maranhão, onde mantém a mídia sob controle até hoje (com exceção dos blogs e veículos pequenos independentes, como o Jornal Pequeno) e no Amapá, onde só se elegeu às custas de várias infrações, inclusive a de censurar blogs. Lembram-se? Foi em Macapá, que depois de ter a foto de um muro censurada, é que nasceu o movimento "Xô Sarney", divulgado aqui neste blog.

Vai abaixo a notícia sobre a atual censura ao jornal "O Estado de São Paulo". Quem proíbe a veiculação das notícias sobre Fernando Sarney é desembargador Dácio Vieira, curiosamente, vejam vocês, o gajo que aparece na foto acima, ao lado de Sarney, Renan e, last but not least, Agaciel Maia, o mago dos atos secretos.

Perguntinha: é possível censurar a internet? Em plena era digital é possível um desembargador usar a caneta dele para embargar um arquivo de áudio de circular na rede mundial de computadores? O arquivo abaixo, por exemplo, está no YouTube, num servidor nos Estados Unidos. A gente pode ou não clicar no botãozinho e ouvir Fernando Sarney combinando com a filha e papai Sarney como resolver qualquer problema com o Agaciel?

http://www.youtube.com/watch?v=ZoR18lBWDew&feature=player_embedded

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O ESTADO DE SÃO PAULO
31/07/2009

Justiça censura Estado e proíbe informações sobre Sarney
Gravações em áudio proibidas revelaram ligações do presidente do Senado com os atos secretos da Casa


Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que está no centro de uma crise política no Congresso.

O pedido de Fernando Sarney chegou ao desembargador na quinta-feira, no fim do dia. E pela manhã desta Sexta-feira a liminar havia sido concedida pelo magistrado. O juiz determinou que o Estado não publique mais informações sobre a investigação que a Polícia Federal faz sobre o caso.
Se houver descumprimento da decisão, o desembargador Dácio Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil - por "cada ato de violação do presente comando judicial", isto é, para cada reportagem publicada.

Multa


O pedido inicial de Fernando Sarney era para que fosse aplicada multa de R$ 300 mil em caso de descumprimento da decisão judicial.

O advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Afonso Ferreira, avisou que vai recorrer da liminar. "Há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público", observou Manuel Alceu. "O jornal tomará as medidas cabíveis."
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, afirmou que a medida não mudará a conduta do jornal. "O Estado não se intimidará, como nunca em sua história se intimidou. Respeita os parâmetros da lei, mas utiliza métodos jornalísticos lícitos e éticos para levar informações de interesse público à sociedade", disse Gandour.

Os advogados do empresário afirmam que o Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney.

‘Diálogos íntimos’


Os advogados que assinam a ação - Marcelo Leal de Lima Oliveira, Benedito Cerezzo Pereira Filho, Janaína Castro de Carvalho Kalume e Eduardo Ferrão - argumentam que uma enxurrada de diálogos íntimos, travados entre membros da família, veio à tona da forma como a reportagem bem entendeu e quis. Sustentam também que, a partir daí, em se tratando de família da mais alta notoriedade, nem é preciso muito esforço para entender que os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, leiloando a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney.

Portal


As gravações revelaram ligações do presidente do Senado com a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos. A decisão do desembargador Dácio Vieira faz com que o Portal Estadão seja obrigado a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação.

Escrito por Marcelo Tas às 10h33